Segurança

Veja os 10 países do mundo com maior número de hackers e crimes cibernéticos

Motivados por uma série de razões diferentes, como desafio, ganho financeiro, ameaça, vingança ou emoção, as comunidades de hackers funcionam ativamente em todo o mundo.

A CDN GoCache fez um estudo sobre o assunto e apontou que a principais fontes de ciberataques no mundo são a China, os EUA, Turquia, Rússia e Taiwan.

Mas note que o Brasil também está neste Ranking, e muito bem colocado. Veja abaixo os 10 países com maior participação no número global de ataques cibernéticos.

Os 10 principais países em quantidades de cybercrimes.

1. CHINA

Não é uma surpresa para ninguém. Pergunte a qualquer profissional de segurança da internet sobre cybercrimes e, certamente, a China será um dos primeiros nomes em mente. De fato, para ganhar superioridade competitiva em relação aos outros países no ciberespaço, a China tem promovido a segurança cibernética como uma cultura, com uma alfabetização em informática muito boa entre seus jovens.

Isso também, infelizmente, levou a um aumento do cibercrime e aumento do número de cibercriminosos.

De acordo com várias estimativas, 41% dos ataques cibernéticos mundiais têm sua origem na China. Acredita-se que as redes organizadas de hackers sejam executadas na China, que são apoiadas pelo Exército de Libertação Popular da China. O objetivo é, principalmente, hackear as redes governamentais dos EUA e as de seus aliados. Mas também cometem crimes e roubos em milhões de sites no mundo, como forma de angariar recursos para manterem suas ações.

2. ESTADOS UNIDOS

Numa das últimas reuniões do G20, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que os EUA têm o maior e melhor arsenal cibernético do mundo. Isso pode ser realmente verdade, dada a sofisticação dos ataques cibernéticos alegadamente realizados pelo “Stuxnet”

Sim, o mesmo Trojan que foi plantado na central nuclear iraniana para interromper as centrífugas. De acordo com várias estimativas, os EUA representam quase 10% do tráfego de ataque mundial. É o lar de muitos hackers famosos e infames.

Em um dos principais casos de cyber crimes dos EUA, um hacker foi condenado por 20 anos de prisão e multado em US$25.000, por roubar 90 milhões de números de cartões de crédito e débito dos principais varejistas americanos.

Um outro hacker foi condenado por 10 anos de prisão depois que ele acessou as contas pessoais de e-mail das estrelas da indústria de Hollywood, como as atrizes Scarlett Johansson, Mila Kunis, a cantora Christina Aguilera e ainda publicou suas fotos pessoais on-line.

 

3. TURQUIA

O terceiro lugar é ocupado pela Turquia. Este país é responsável por 4,7% dos cyberatques feitos no mundo. Os hackers turcos aumentaram muito suas atividades na última década.

A situação política na Turquia, a religião, e o importante papel da redes sociais, estão relacionadas aos tipos de ataques que os hackers turcos fazem: normalmente são motivos religiosos e políticos. Assim, os hackers turcos visam crimes que lhes dê visibilidade ou dinheiro.

O ataque ao site do Vaticano, o cancelamento de uma conta de energia elétrica por US$ 670.000, vingança de uma empresa que forneceu leite estragado às escolas turcas, vazamento de informações governamentais secretas – estes e muitos outros ataques são atribuídos a hackers da Turquia. Os hackers turcos geralmente usam injeção de SQL, malwares, e outras técnicas para atacar suas vítimas.

 

4. RÚSSIA

Os últimos ataques Russos ao comitê democrático nacional, dos estados unidos, mostraram a força da Rússia nesta área. Este ataque cibernético provocou temores de manipulação das próximas eleições presidenciais dos EUA por hackers russos. Segundo estimativas, cerca de 4,3% dos cyber ataques globais é gerado a partir da Rússia. Os hackers russos são famosos em todo o mundo e têm habilidades para atacar as redes mais seguras e sofisticadas como as do Google, do Facebook, NASA e da Apple.

Mas muitos roubos e ataques, mesmo a sites menores, também vem da Rússia, responsáveis por prejuízos anuais que podem chegar a bilhões de dólares.

“Na Rússia, as revistas e softwares de pirataria são vendidos livremente nas ruas de Moscou”, diz Ken Dunham, diretor da empresa americana iDefense. A reputação dos programadores russos é muito conhecida. Não surpreendentemente, a pessoa mais procurada pelo FBI no área da segurança cibernética é um hacker russo.

A popularidade do hacking na Rússia pode ser explicada por vários fatores: um grande número de especialistas em TI altamente educados com excelentes habilidades em matemática e informática, falta de empregos qualificados, a difícil situação financeira do país e circunstâncias geopolíticas.

5. TAIWAN

“Pequeno, mas fortes!” Esse devia ser o lema dos hackers taiwaneses. A pequena ilha, localizada perto da China, é um grande celeiro de hackers. Sozinha é responsável por quase 3,7%  dos ataques cibernéticos globais.

Não há um lugar melhor para um hacker dedicado a praticar habilidades profissionais do que Taiwan. Devido à sua localização geopolítica, Taiwan é um campo de batalha, onde acontecem uma grande quantidade de ataques cibernéticos, vindos especialmente da China.

O perigo frequente de ataques cibernéticos incentiva os especialistas taiwaneses em segurança de TI a melhorarem suas habilidades profissionais. Os hackers taiwaneses frequentemente ganham prêmios em prestigiosas competições de hackers, como as competições “Capture the Flag” nos EUA e no Japão.

 

6. BRASIL

A olimpíada recentemente realizada no Rio trouxe o foco do mundo inteiro para hackers brasileiros. Com 3,3% de participação no número global de cyber ataques, o Brasil ocupa o 6º lugar do ranking.

De fato, o Brasil tem o maior número de ataques cibernéticos, não apenas na América do Sul, mas em todo o hemisfério sul. Só no último ano, o CERT.br registrou mais de meio milhão de ataques, e isto porque acredita-se que a grande maioria dos ataques sequer são registrados oficialmente.

Um dos grandes motivos de cibercrime no Brasil é o fato de ser uma economia que, cada dia mais, utiliza mais cartões de crédito e sistemas eletrônicos de pagamento e menos dinheiro em espécie.

Isto se torna um prato cheio para os cyber criminosos, que praticam crimes conhecidos como phishing ou usam cavalos de tróia para roubar dados de suas vítimas, como de contas bancárias e cartões de créditos.

Apesar do considerável número de cyber crimes, ataques como DDoS, que visam derrubar sites de concorrentes ou inimigos, são muito menos frequentes no Brasil.

 

7. ROMÊNIA

Na 7ª posição, a Romênia é responável por 3,3% do cibercrime global. Você ficará surpreso, mas há uma cidade na Romênia, chamada “Ramnicu Valcea”, que é popularmente conhecida como o centro dos criminosos hackers. A maioria dos ataques cibernéticos da Romênia tem origem nesta cidade.

 

8. ÍNDIA

Em 8º lugar na lista está a Índia, um dos centros de TI do mundo. Nos últimos tempos, a Índia está testemunhando um número crescente de crimes cibernéticos. Os hackers indianos são responsáveis por 2,3% no crime cibernético global.

Os hackers indianos foram acusados ​​de espionagem cibernética internacional quando uma série de ataques de espionagem foram feitas contra empresas civis e de interesse de segurança nacional, como a Porsche Holdings, a Delta Airlines, escritórios de advocacia dos EUA e alvos paquistaneses. O grupo de hackers operou por três anos e organizou ataques de phishing.

Apesar de muitas vezes não ser considerado criminosos, a Índia é também uma das principais fontes dos conhecidos e detestados Spammers.  Os baixos salários do país permitem que empresas de todo o mundo contratem exércitos de indianos para ficarem enchendo blogs e fóruns com propagandas (spams), manualmente ou através de spammer bots (robôs que fazem este trabalho).

 

9. ITÁLIA

Na nona posição da lista de países com a mais hackers e crimes cibernéticos, está a Itália. Cerca de 1,6% das atividades totais de cibercrimes são feitas pelos hackers italianos. Existem, aliás, dois hackers italianos muito famosos: Luigi Auriemma e Donato Farrante Aureima. Eles estão envolvidos em hackear sites governamentais e revelar publicamente informações sobre quaisquer ameaças de segurança.

 

10. HUNGRIA

O décimo lugar é ocupado pela Hungria. A Hungria é um pequeno país europeu, mas possui uma considerável rede de hackers. Ela bateu de perto a Coréia do Sul, tomando o 10º lugar no Ranking. Os hackers húngaros são responsáveis por 1,4% na atividade global de crimes cibernéticos.

Mas como se proteger de Hackers?

Com tantos crimes cibernéticos ocorrendo pelo mundo, como uma empresa pode se proteger, sem ter que contar com uma grande equipe de especialistas em Segurança da Internet?

A resposta está em adotar as melhores práticas de segurança em aplicações web. Por exemplo, as chamadas CDNs, além de melhorar o desempenho de sites, os deixam mais seguros, através da utilização dos chamados WAF, Web Application Firewalls.

Veja o tutorial: como se proteger de ataques vindos de outros países.

Esses firewalls agem como uma muralha entre o atacante e os sites das empresas/governos. Eles contam com uma série de bloqueios a ataques, permitindo até mesmo bloquear o acesso dos IPs desses países, considerados de alto risco.

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