O que é CloudFlare?

Criada em 2009 com o objetivo de oferecer uma solução básica de segurança com valor atrativo, a CloudFlare foi oficialmente lançada em 2010 durante uma conferência da TechCrunch. 

Trata-se de uma solução de segurança e CDN com distribuição em nível global, e que desde sua concepção foi desenhada para oferecer soluções “freemium”, onde seus usuários podem usufruir de produtos básicos gratuitamente, mas precisam pagar por recursos intermediários e avançados. 

Por ser a primeira solução a oferecer essa modalidade, a CloudFlare ganhou bastante espaço no mercado de segurança e CDN, mas desde seu IPO em 2019, é possível perceber que os esforços da empresa tem sido direcionados principalmente ao lançamento de features pagas e que efetivamente possam trazer resultados comerciais para a solução. 

Como a CloudFlare funciona? 

O funcionamento da CloudFlare é similar a maioria das empresas de CDN, fazendo cache de assets elegíveis de sites, e distribuindo o conteúdo através da rede de distribuição mais próximas do usuário final com o intuito de reduzir latência de entrega e dar mais escalabilidade para a infraestrutura. 

Além do seu funcionamento como CDN, a CloudFlare também conta com features de segurança, como: 

  • DDoS: Mitigar ataques direcionados na camada 7. 
  • WAF: O WAF inspeciona as requisições de um site para determinar se o acesso é malicioso ou elegível de forma automática. 
  • SSL: Emissão de certificados SSL para usuários da rede 

Para entender mais sobre o funcionamento da CloudFlare na prática, é fundamental conhecer os três response headers mais utilizados por eles: 

  • cf-cache-status: HIT
    • Demonstra que um item foi entregue por cache 
  • cf-cache-status: MISS
    • É um item elegível a cache, mas que ainda não foi cacheado. Um MISS deve virar um HIT na pŕoxima requisição. 
  • cf-cache-status: DYNAMIC
    • O response header DYNAMIC da CloudFlare, também pode ser chamado de BYPASS. Trata-se do asset entregue diretamente pela hospedagem e que só deverá ser cacheado com uma configuração específica. 

Caso queira conhecer mais sobre response headers de cache, recomendamos a leitura do artigo: CDN Cache Headers – Aprenda a inspecionar 

Quais os pontos de distribuição da CloudFlare? 

Referência externa – Pontos de presença da CloudFlare

Com distribuição em todo o mundo, a CloudFlare é uma empresa bastante consolidada no mercado americano e europeu, onde concentra a maior parte de seus pontos de presença. 

Segundo o site da empresa, atualmente a CloudFlare está presente em mais de 200 cidades e 100 países, porém, é necessário salientar que a atuação da empresa dentro do mercado brasileiro é tímida, operando com pontos de presença apenas em São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Rio de Janeiro. 

Caso você queira descobrir em qual ponto de presença seu site tem sido entregue pela CloudFlare, basta analisar o response header cf-ray que indica o “air port” que entregou determinado asset, como por exemplo: 

  • cf-ray: GRU – Entrega feita em São Paulo, Brasil 
  • cf-ray: GIG – Entrega feita no Rio de Janeiro, Brasil
  • cf-ray: CTU – Entrega feita em Chengdu, China 

Quais as vantagens de usar CloudFlare? 

A principal vantagem do CloudFlare no Brasil são seus planos gratuitos. Para aplicações básicas e que não dependem de grande otimização, é possível utilizar alguns recursos de CDN e WAF sem custos, mas com a desvantagem de não ter nenhuma prioridade de entrega, sendo assim, é possível que seu site seja roteado por rotas mais distantes. 

Além disso, se sua aplicação recebe bastante tráfego fora do Brasil, a CloudFlare se torna uma solução ainda mais atrativa, já que conta com pontos de presença em diversos países. 

Quais as desvantagens de usar CloudFlare? 

Conforme citamos acima, a CloudFlare utiliza um modelo “fremium”, onde o usuário da plataforma tem custos adicionais por features ou regras de negócio.

Prioridade de rotas: Apenas em planos pagos você tem acesso a priorização de ips, o que acaba fazendo com que sua aplicação seja entregue muitas vezes por caminhos mais longos, anulando a principal função de uma CDN, reduzir latência.

SLA apenas em contas pagas: O SLA (service level agreement), também conhecido como acordo de nível de serviço, é o compromisso da solução de CDN em entregar sua aplicação 24 horas por dia. Por padrão, praticamente todas as soluções de CDN oferecem SLA de 99% a 100%, porém, para ter SLA dentro do CloudFlare, é necessário utilizar um plano Business com valor a partir de U$ 200,00.

WAF e Otimização de imagens: Atualmente o serviço de segurança WAF e o serviço Polish de otimização de imagens está disponível apenas para contas em planos pagos.

Suporte por telefone ou chat: Caso você queira ter acesso a suporte por telefone, é necessário fazer parte dos planos em nível Enterprise. Já para acesso por chat, é necessário utilizar planos Business.

Analytics: Para ter acesso a informações de sua aplicação, como volume de requests, consumo de banda, itens entregues em cache, entre outros, é necessário assinar um plano pago.

Baixa capilaridade de entrega no Brasil: Como citamos na área de pontos de presença, o CloudFlare ainda tem uma presença timida no Brasil, concentrando a maior parte de sua infraestrutura apenas no mercado norte americano e europeu.

GoCache é uma alternativa de CDN viável em comparação ao CloudFlare?

Certamente!

A GoCache é uma solução de CDN com foco no mercado brasileiro e que oferece uma solução de CDN mais atrativa para sites, aplicações e e-commerces que rodam exclusivamente dentro do país.

Referencia: Comparativo de latência – CloudFlare e GoCache via PerfOps

Caso você queira entender um pouco mais sobre a entrega da GoCache em comparação ao CloudFlare, recomendamos a leitura do artigo – GoCache VS CloudFront VS CloudFlare